Arte na Idade Antiga

Arte na Idade Antiga

Arte no Egito

Do quarto ao primeiro milênio antes de Cristo, no Egito, a arte deixa de ser pré-histórica. Com o surgimento da escrita, a sofisticação das técnicas de construção (como as pirâmides de Miquerinos, Quéfren e Quéops, no terceiro milênio a.C.) e o desenvolvimento da simetria, a arte ganha princípios rigorosos de ordenação e acabamento.

Por volta de 2.600 a.C., já se domina a técnica da escultura, como na obra Cabeça de um príncipe, exposta no Museu Egípcio do Cairo.

Império Assírio

Ao norte da Mesopotâmia, tem início a dominação assíria, cujo auge ocorre entre 1.000 a.C. e 612 a.C.. Nesse período, destacam-se avanços artísticos com o desenvolvimento da estruturação da superfície.

O baixo-relevo em calcário “Assurnasipal na caça ao leão” (880 a.C. – 860 a.C.?), exposto no Museu Britânico de Londres, é um exemplo de obra com grande poder de síntese e dinâmica.

Império Babilônico

Entre 612 a.C. e 539 a.C., o Império Babilônico marca o último florescimento artístico do Antigo Oriente. Nessa época, são construídos palácios e templos que unem elementos das tradições mesopotâmica e egípcia.

Embora não haja monumentalidade, o rebuscamento decorativo chama atenção nas obras desse período.

Arte Creto-Micênica

Por volta de 2.000 a.C., surge em Creta uma cultura elevada com características artísticas distintas. O aperfeiçoamento da estilização pré-histórica segue um caminho menos austero do que o das artes egípcia e mesopotâmica.

Nas figuras em terracota, destaca-se a vivacidade e o simbolismo. Por volta de 1.400 a.C., Creta passa ao domínio micênico, uma cultura que valoriza a grandiosidade — como visto no Palácio de Minos, em Cnossos.

Arte Grega

Provavelmente originada pelos gregos micênicos, a arte grega floresce a partir do século VIII a.C., sob influência orientalizante. Surge um estilo estético cada vez mais rigoroso, solene e preciso, que dá continuidade às conquistas da arte egípcia.

Inicialmente, esse estilo aparece na cerâmica estilizada e evolui para esculturas monumentais, como a estátua de mármore Kouros (600 a.C.?), marcada por formas geométricas e pela representação humana ática.

Entre 350 a.C. e 200 a.C., artistas como Lísipo, Apeles e Protógenes começam a dar interpretações psicológicas às figuras, humanizando-as. A arte torna-se mais flexível: rostos expressivos, detalhes dramáticos nas vestes e poses dinâmicas.

A transição vai da serenidade do Efebo de Crítios (480 a.C.?), à expressividade de Gálata e sua esposa (230 a.C. – 210 a.C.?), até chegar à teatralidade do Grupo de Laocoonte (fim do século II – início do século I a.C.).

Arte Romana

Com a decadência da arte clássica grega, a arte romana ganha destaque a partir do século I a.C.. Templos como a Casa Quadrada, em Nîmes (França), construída em 16 a.C., seguem a estética grega.

Surge também a pintura mural decorativa, especialmente em locais como Pompéia, com ensaios de perspectiva que só voltariam a aparecer no Renascimento.

A escultura romana, por sua vez, não apresenta grande evolução em relação à arte grega, mas mantém sua influência por toda a Antiguidade.

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