Categoria: Arte

  • Arte Romana

    A arte romana foi produzida pelo povo pertencente à Roma Antiga e perdurou aproximadamente do século VIII a.C. ao século IV d.C.

    Foi fortemente influenciada pelos etruscos e gregos, sendo que as manifestações artísticas mais significativas remontam ao estabelecimento da República no ano de 509 a.C.

    Apesar disso, conhecemos poucos nomes de seus artistas e arquitetos, posto que era uma arte coletiva ou feita para seus mecenas.

    A arte desse período é dividida em arte da Roma Republicana (antes de 27 a.C.) e a da Roma Imperial (do ano 27 a.C. em diante).

    CARACTERÍSTICAS DA ARTE ROMANA

    • Influência da arte etrusca: expressão realista;
    • Influência da arte grega: expressão de ideal de beleza;
    • Uso de arcos e abóbadas na arquitetura;
    • Representação realista na escultura;
    • Colorido, delicadeza e precisão nos detalhes da pintura.

    Os romanos aproveitaram a bagagem cultural dos etruscos, cuja arte era bastante desenvolvida, bem como deixaram-se influenciar pelos padrões estéticos gregos, que admiravam.

    Quando os romanos conquistaram a Grécia, ficaram fascinados com a sua arte e começaram a imitar os gregos. Daí resulta que muitas das características da arte grega são encontradas na arte romana. Como é o caso também da mitologia.

    A arquitetura foi a maior de todas as expressões artísticas dos romanos. Nela, a característica que mais se destaca é o uso dos arcos.

    As esculturas romanas, por sua vez, são essencialmente cópias das originais gregas. Nelas, o realismo é uma característica marcante.

    A pintura romana, classificada em quatro estilos, caracteriza-se ora pelo colorido das paredes, ora pelo ilusionismo ou pela riqueza de detalhes.

    ARQUITETURA ROMANA

    Na arquitetura romana tem destaque a construção de portais, aquedutos, prédios, monumentos e templos. Eles foram erigidos com praticidade e inovação, como no caso do uso do arco e da abóbada nas construções.

    Essas estruturas amorteceram o emprego das colunas gregas e acrescentaram os espaços internos.

    Nas casas romanas não era diferente, posto que as plantas eram rigorosamente desenhadas em formas retangulares. Vale lembrar que os monumentos tinham o objetivo de homenagear os seus mecenas.

    PINTURA ROMANA

    Os artistas romanos trabalharam uma grande variedade de temas, como acontecimentos históricos e cotidianos, lendas, conquistas militares, efígies e natureza-morta.

    As pinturas romanas eram realizadas em murais (afrescos) e possuíam tridimensionalidade. Os materiais utilizados variavam de metais em pó, vidros pulverizados, substâncias extraídas de moluscos, pó de madeira e até seivas de árvores.

    Além dos afrescos, encontramos mosaicos romanos por todas as partes do Império. Eles variam de modelos contemplativos de tesselas brancas e negras até as composições figurativas de várias cores.

    ESCULTURA ROMANA

    A escultura romana era de caráter realista, posto que eles não representavam o “belo”, mas as pessoas retratadas fidedignamente.

    Entretanto, os artistas romanos, por terem intenso contato com a arte grega, acabaram sendo influenciados por ela também na escultura.

    Ocorreu, então, uma junção entre o estilo grego com novas concepções romanas.

    As esculturas e relevos escultóricos costumavam adornar os prédios públicos e privados. Elas primavam pelo realismo e ocupavam espaços especiais em obras arquitetônicas, enriquecendo e complementando-as.

  • Arte Grega

    A arte grega abarca todas as manifestações artísticas e revela a história, a estética e mesmo a filosofia desta civilização.

    O povo grego foi na antiguidade um dos que exibiam manifestações culturais mais livres, rendendo-se pouco às ordens de reis e sacerdotes, pois acreditavam que o ser humano era a concepção mais incrível do universo.

    A arte grega passou pelos períodos arcaico, clássico e helenístico, e cada uma dessas fases históricas influenciou a elaboração das obras.

    Características da Arte Grega

    Os gregos se destacaram especialmente na pintura, na arquitetura e na escultura. Vejamos algumas características:

    • Simetria;
    • Perfeição;
    • Obras realizadas a partir de modelos vivos;
    • Uso religioso, doméstico ou funerário;
    • Valorização do ser humano.

    As pinturas e esculturas eram concebidas a fim de serem belas e assim perfeitas, de acordo com os princípios da filosofia grega. Esta, talvez, seja a principal característica da arte grega, o que a torna singular e cujas influências são visíveis até os nossos dias.

    As artes foram ainda influenciadas pelas próprias civilizações com as quais a Grécia se relacionava. Afinal, a Magna Grécia compreendeu possessões na costa da Turquia, Macedônia, e sul da Itália.

    PINTURA GREGA

    A arte da pintura era desenvolvida em cerâmicas, bem como nas paredes das grandes construções. Os vasos nem sempre foram peças de decoração, sendo utilizados no trabalho diário ou para guardar mantimentos, tais como vinho e azeite.

    As pinturas mostravam harmonia e rigor nos detalhes. No que respeita às cores, seguia-se o seguinte padrão: figuras negras sobre fundo vermelho ou figuras vermelhas e douradas sobre fundo negro ou fundo branco.

    Os principais pintores foram: Clítias, Exéquias e Sófilos.

    ARQUITETURA GREGA

    Os grandes templos erguidos pelos gregos tinham o propósito de prestar culto aos seus deuses. Uma das suas características é a utilização das colunas e a simetria entre a entrada e os fundos do templo.

    Igualmente, as praças eram importantes dentro da polis grega, pois eram um local de encontro e de passagem para seus habitantes.

    Outras obras de interesse na arquitetura grega foram a Acrópole de Atenas, Colosso de Rodes, Estátua de Zeus, Farol de Alexandria, Templo de Ártemis.

    A princípio, apenas as obras públicas recebiam atenção e imponência, entretanto, no século V a.C., as moradas também começam a ser realizadas de forma mais confortável e espaçosa.

    ESCULTURA GREGA

    Esta arte se manifesta nas esculturas dos deuses e dos atletas cuja perfeição dos detalhes dos corpos tornam os gregos excepcionais nessa manifestação artística.

    As esculturas, chamadas de kouros – homem jovem e korés – mulher jovem, eram inicialmente feitas de mármore. Encontravam-se numa posição rígida e simétrica com o objetivo de dar-lhes equilíbrio.

    No entanto, com a necessidade de retratar movimentos, o mármore foi substituído pelo bronze por se tratar de um material mais leve. Assim, reduzia a probabilidade de a escultura se partir.

    Com o tempo, as esculturas femininas que eram vestidas, passaram a se apresentar sem roupa. Da mesma forma, as estátuas não tinham grandes expressões faciais e passaram a retratar sentimentos.

    TEATRO GREGO

    O teatro teve início com as festas em honra aos deuses, mais precisamente com o culto à Dionísio e se constituíam numa parte das celebrações religiosas.

    Além dos atores, contavam com o coro que comentava a cena e explicava as sutilezas das tramas para o espectador. A tragédia grega constitui uma das maiores heranças artísticas desse povo e são encenadas até hoje.

  • Arte Egípcia

    Arte Egípcia: Religião, Simbolismo e Eternidade

    A Arte Egípcia nasceu há mais de 3000 anos a.C. e está intimamente ligada à religiosidade. Grande parte das estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas egípcias tem como tema principal a religião e o culto aos mortos.

    Os templos e os túmulos eram elaborados com extrema atenção artística, pois os egípcios acreditavam na imortalidade da alma. Segundo suas crenças, a alma poderia sofrer eternamente caso o corpo fosse profanado. Daí surgem a prática da mumificação e o caráter monumental das construções funerárias, que tinham como objetivo proteger o corpo por toda a eternidade.

    A Estética Egípcia

    Para os egípcios, era mais importante retratar com clareza e integralidade do que buscar uma representação fiel da natureza. Por isso, criaram um estilo artístico próprio, com figuras humanas desenhadas de forma simbólica: cabeça de perfil, tronco frontal, pernas e pés de lado.

    Cada parte do corpo era representada do ângulo mais característico. Os olhos eram desenhados de frente; o tronco, também frontal, facilitava a visualização dos braços conectando-se ao corpo.

    A perspectiva não era uma preocupação. O estilo de desenho era geometrizado e as pinturas geralmente acompanhadas de hieróglifos. As tintas eram feitas com elementos naturais.

    Escultura Egípcia

    Embora as esculturas egípcias transmitam rigidez, elas revelam informações ricas sobre os representados — geralmente faraós ou deuses.

    Essas esculturas eram, na maioria das vezes, frontais. Os homens eram retratados em pé com o pé esquerdo à frente. Quando sentadas, as mãos repousavam sobre as coxas. As expressões faciais eram discretas.

    Outros elementos recorrentes incluem bustos, baixo e alto-relevos com hieróglifos, estátuas de animais e figuras simbióticas (meio homem, meio animal), que representavam os deuses.

    As esculturas variavam em tamanho: de miniaturas a obras monumentais. Muitas eram feitas para compor as câmaras mortuárias, como as máscaras funerárias, produzidas frequentemente em ouro para proteger o rosto da múmia.

    Estilo Estável por Milênios

    Ao longo de mais de três mil anos, o estilo da arte egípcia se manteve praticamente inalterado. A representação do homem e da natureza obedeceu a regras rígidas, transmitidas com maestria de geração em geração entre os artistas.

  • Arte na Mesopotâmia

    Arte na Antiguidade: Mesopotâmia

    O período da história conhecido como Antiguidade nos deixou um enorme legado cultural. Entre o Norte da África e a Ásia surgiram as sociedades da Mesopotâmia. Entre essas sociedades, destacam-se os Sumérios, Acádios, Babilônios e Assírios, reconhecidos por suas ricas e diversificadas tradições culturais.

    A escrita cuneiforme e as contribuições artísticas desses povos serviram como base para o desenvolvimento da arte de outras civilizações. Os Sumérios se estabeleceram há mais de 6 mil anos a.C. na região entre os rios Tigre e Eufrates, que corresponde à atual região da Mesopotâmia.

    Religião e Arte

    Os povos mesopotâmicos eram politeístas e suas divindades estavam ligadas à natureza — como o Sol, a Lua, a chuva e o vento. Por isso, a arte mesopotâmica também estava fortemente relacionada à religião.

    De modo geral, essa arte era anônima. Os artistas eram considerados artesãos, e não tinham o costume de assinar suas obras ou buscar destaque pessoal.

    Arquitetura Mesopotâmica

    As principais manifestações arquitetônicas eram os palácios e templos grandiosos. Como havia escassez de pedras, usavam-se tijolos, exigindo paredes espessas.

    Os templos eram estruturas completas, com aposentos para sacerdotes e diversos compartimentos. O principal símbolo da arquitetura mesopotâmica era o Zigurate — uma torre de vários andares (geralmente sete) com uma capela no topo, usada para observações astronômicas.

    Escultura Mesopotâmica

    Os escultores representavam o corpo humano de maneira rígida, sem expressão de movimento ou detalhes anatômicos. Os membros ficavam colados ao corpo, geralmente coberto por mantos longos. Os olhos eram realçados com esmalte brilhante.

    As estátuas tinham uma postura estática, refletindo a reverência diante dos deuses. Já as esculturas em baixo-relevo destacavam-se pelo realismo.

    Pintura e Cerâmica

    Na pintura, utilizavam-se cores claras e os temas mais comuns eram caçadas, batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses.

    A cerâmica alcançou um nível avançado de desenvolvimento, especialmente entre os persas, que utilizavam tijolos esmaltados em suas criações.

    Porta de Ishtar, Babilônia

  • Arte na Idade Antiga

    Arte na Idade Antiga

    Arte no Egito

    Do quarto ao primeiro milênio antes de Cristo, no Egito, a arte deixa de ser pré-histórica. Com o surgimento da escrita, a sofisticação das técnicas de construção (como as pirâmides de Miquerinos, Quéfren e Quéops, no terceiro milênio a.C.) e o desenvolvimento da simetria, a arte ganha princípios rigorosos de ordenação e acabamento.

    Por volta de 2.600 a.C., já se domina a técnica da escultura, como na obra Cabeça de um príncipe, exposta no Museu Egípcio do Cairo.

    Império Assírio

    Ao norte da Mesopotâmia, tem início a dominação assíria, cujo auge ocorre entre 1.000 a.C. e 612 a.C.. Nesse período, destacam-se avanços artísticos com o desenvolvimento da estruturação da superfície.

    O baixo-relevo em calcário “Assurnasipal na caça ao leão” (880 a.C. – 860 a.C.?), exposto no Museu Britânico de Londres, é um exemplo de obra com grande poder de síntese e dinâmica.

    Império Babilônico

    Entre 612 a.C. e 539 a.C., o Império Babilônico marca o último florescimento artístico do Antigo Oriente. Nessa época, são construídos palácios e templos que unem elementos das tradições mesopotâmica e egípcia.

    Embora não haja monumentalidade, o rebuscamento decorativo chama atenção nas obras desse período.

    Arte Creto-Micênica

    Por volta de 2.000 a.C., surge em Creta uma cultura elevada com características artísticas distintas. O aperfeiçoamento da estilização pré-histórica segue um caminho menos austero do que o das artes egípcia e mesopotâmica.

    Nas figuras em terracota, destaca-se a vivacidade e o simbolismo. Por volta de 1.400 a.C., Creta passa ao domínio micênico, uma cultura que valoriza a grandiosidade — como visto no Palácio de Minos, em Cnossos.

    Arte Grega

    Provavelmente originada pelos gregos micênicos, a arte grega floresce a partir do século VIII a.C., sob influência orientalizante. Surge um estilo estético cada vez mais rigoroso, solene e preciso, que dá continuidade às conquistas da arte egípcia.

    Inicialmente, esse estilo aparece na cerâmica estilizada e evolui para esculturas monumentais, como a estátua de mármore Kouros (600 a.C.?), marcada por formas geométricas e pela representação humana ática.

    Entre 350 a.C. e 200 a.C., artistas como Lísipo, Apeles e Protógenes começam a dar interpretações psicológicas às figuras, humanizando-as. A arte torna-se mais flexível: rostos expressivos, detalhes dramáticos nas vestes e poses dinâmicas.

    A transição vai da serenidade do Efebo de Crítios (480 a.C.?), à expressividade de Gálata e sua esposa (230 a.C. – 210 a.C.?), até chegar à teatralidade do Grupo de Laocoonte (fim do século II – início do século I a.C.).

    Arte Romana

    Com a decadência da arte clássica grega, a arte romana ganha destaque a partir do século I a.C.. Templos como a Casa Quadrada, em Nîmes (França), construída em 16 a.C., seguem a estética grega.

    Surge também a pintura mural decorativa, especialmente em locais como Pompéia, com ensaios de perspectiva que só voltariam a aparecer no Renascimento.

    A escultura romana, por sua vez, não apresenta grande evolução em relação à arte grega, mas mantém sua influência por toda a Antiguidade.

  • Diferentes realidades socioculturais

    A Arte é uma forma de expressão profundamente ligada às realidades socioculturais dos povos. Cada sociedade desenvolve manifestações artísticas que refletem seus valores, crenças, lutas, costumes, tradições e identidade.

    Essas manifestações variam de acordo com o tempo e o espaço, sendo influenciadas por fatores como religião, política, economia, relações sociais e geográficas. Por isso, ao estudar Arte, é essencial compreender o contexto social e cultural em que ela foi produzida.

    Arte como expressão da diversidade

    • A arte indígena, africana, oriental, europeia e de tantas outras culturas evidencia a diversidade de visões de mundo.
    • Obras de arte revelam tanto o cotidiano quanto os conflitos de uma sociedade.
    • Movimentos artísticos surgem como resposta a questões sociais e políticas (como o Modernismo, o Surrealismo, a Arte de Protesto, etc.).

    O papel social da arte

    • A arte pode questionar, provocar reflexões e gerar mudanças sociais.
    • É uma ferramenta para a valorização de identidades marginalizadas ou silenciadas.
    • Promove o diálogo entre culturas e amplia a compreensão do mundo.

    Portanto, ao analisar uma obra artística, é fundamental considerar a realidade sociocultural de seu criador e do público ao qual ela se destina. Isso permite uma leitura mais completa e respeitosa da arte e de sua função na história da humanidade.