Categoria: História

  • Agricultores e Ceramistas

    Agricultura e Cerâmica entre os Povos Indígenas no Brasil

    Por volta de 4 mil anos atrás, alguns povos indígenas que viviam nas terras hoje correspondentes ao território brasileiro começaram a praticar a agricultura e a cerâmica, embora nem todos fossem, ao mesmo tempo, agricultores e ceramistas.

    O desenvolvimento da agricultura como a principal atividade produtiva, além da caça e da coleta, e a diminuição da mobilidade espacial afetaram as populações indígenas de maneiras diversas e em épocas e lugares diferentes. Eram cultivados milho, feijão, mandioca, maracujá, abóbora, açaí, tabaco etc.

    Ceramistas

    A necessidade de cozinhar e armazenar alimentos levou algumas populações agricultoras a confeccionar os primeiros utensílios cerâmicos: potes, vasos, panelas, tigelas. Entre os povos agricultores e ceramistas, podemos destacar os habitantes de Santarém e da ilha de Marajó, na foz do rio Amazonas (Pará).

    Diversos povos agricultores e ceramistas de diferentes culturas espalharam-se pelo atual território brasileiro nos últimos 2 mil anos.

    Cultura Tupi

    No começo do século XVI, os portugueses que chegaram à terra posteriormente chamada Brasil defrontaram-se com os povos tupis que ocupavam longos trechos das áreas litorâneas e partes do interior, acompanhando o curso dos rios.

    Sobre os povos tupis há uma série de dados provenientes de pesquisas arqueológicas, além de informações históricas baseadas, principalmente, em relatos e crônicas de missionários e viajantes europeus dos séculos XVI e XVII.

    Vivendo perto de rios ou do mar, esses povos desenvolveram embarcações, como a canoa e a jangada, e eram bons pescadores. Além disso, praticavam uma agricultura de subsistência, com o objetivo de produzir alimentos para satisfazer as necessidades do grupo. Não havia a preocupação em acumular excedentes.

    Cultivavam mandioca, milho, batata-doce, feijão, amendoim, tabaco, abóbora, algodão, pimenta, abacaxi, mamão, erva-mate, guaraná e muitas outras plantas. Na preparação do solo, usavam um sistema chamado coivara: os homens derrubavam árvores com seus machados de pedra e limpavam o terreno com queimadas, abrindo clareiras na mata. As mulheres, por sua vez, dedicavam-se ao plantio.

    Mesmo sendo agricultores, os povos tupis não constituíam povoados fixos e permanentes. O deslocamento de uma aldeia era motivado por diversas razões: desgaste do solo, diminuição de reservas de caça, disputas internas entre grupos rivais ou a morte de um chefe.

    Apesar de certa unidade linguística e cultural, os tupis não formavam uma sociedade única. Ao contrário, constituíam tribos rivais, que receberam várias denominações: tupinambás, tupiniquins, guaranis, caetés, potiguares etc.

    Os tupis viviam em permanente guerra contra seus adversários, fossem eles de tribos de sua própria matriz cultural ou de tribos de outras matrizes, como os jês e os aruaques. A guerra, o cativeiro e o sacrifício dos prisioneiros constituíam uma das bases das relações entre as aldeias tupis.

  • Caçadores-Coletores

    Povos Pré-Históricos no Território Brasileiro

    Entre 11 mil e 6 mil anos atrás, diversos povos pertencentes a várias culturas espalharam-se pelas terras que correspondem ao atual território brasileiro. Os vestígios arqueológicos nos permitem supor alguns aspectos de seu modo de vida: viviam da caça, da pesca e da coleta; não praticavam a agricultura; confeccionavam instrumentos de pedra e de ossos de animais, como pontas de lança, agulhas, facas, anzóis, raspadores etc.

    Entre as armas de caça destacam-se o arco e a flecha, que lhes permitiam capturar animais rápidos, como aves e alguns mamíferos (veados, por exemplo). Além disso, no sul do atual território brasileiro, os caçadores utilizavam boleadeiras – armas de caça constituídas por duas ou três bolas de pedra amarradas por um cordão de couro –, que lançavam sobre as patas do animal para derrubá-lo. Até hoje, algumas boleadeiras são utilizadas pelos campeiros gaúchos.

    Povos do Litoral

    Por volta de 6 mil anos atrás, parte do litoral (dos atuais estados do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul) foi habitada por povos seminômades, que compartilhavam certas características culturais ligadas ao ambiente litorâneo. Esses povos deixavam como vestígios de sua presença os sambaquis – conchas de moluscos e restos de peixes –, que eram utilizados para enterrar os mortos e seus objetos pessoais (enfeites, utensílios e armas), o que indica uma provável preocupação religiosa com a morte. Os povos sambaquieiros também costumavam construir suas habitações sobre os montes de conchas.

    Os estudos dos sambaquis sugerem que, até cerca de mil anos atrás, muitos grupos formavam aldeias com 100 a 150 habitantes, em média. Viviam da coleta, da caça e principalmente da pesca. Utilizavam instrumentos feitos de pedras (enfeites, facas, flechas, machados) e de osso (arpões, agulhas, anzóis). Tinham o domínio do fogo e assavam os alimentos, que eram divididos entre os membros do grupo.

    A expansão territorial dos povos dos sambaquis durou cerca de 5 mil anos. Foi interrompida pela ocupação de grande parte do litoral e parcela do interior por sociedades de cultura cupi.

  • América

    Origem e Migração dos Primeiros Humanos na América

    Para muitos pesquisadores, os primeiros humanos surgiram no continente africano, e de lá, se deslocaram para outras regiões da Terra, entre elas a América.

    Há várias hipóteses sobre o início da ocupação humana na América. Segundo uma delas, os primeiros grupos a chegarem ao continente vieram do norte da Ásia, provavelmente pelo estreito de Bering, que separa a Sibéria (Rússia) do Alasca (Estados Unidos). O nível das águas do mar havia baixado em razão da glaciação, formando-se uma ponte de terra e gelo entre a Ásia e a América. Posteriormente, com o aumento da temperatura do planeta, essa ponte se desfez e o nível das águas do mar tornou a subir.

    Outra hipótese é a de que os primeiros homens e mulheres chegaram à América atravessando o Oceano Pacífico, vindos da Ásia e da Oceania.

    Alguns estudiosos, com base na idade dos fósseis encontrados, afirmam que as primeiras migrações do ser humano para a América ocorreram aproximadamente entre 12 mil e 20 mil anos atrás. Entretanto, outros pesquisadores, como a arqueóloga brasileira Niède Guidon, defendem que as mais antigas travessias foram realizadas entre 40 mil e 70 mil anos atrás, e que o ser humano chegou à América por diferentes vias de acesso.

    Estudos Arqueológicos no Piauí

    Com base no estudo de fragmentos arqueológicos encontrados no atual município de São Raimundo Nonato (Piauí), as pesquisas de Niède Guidon sugerem que homens e mulheres pré-históricos habitavam regiões que hoje fazem parte do Brasil há, aproximadamente, 50 mil anos. Calcula-se que formavam grupos de caçadores e coletores, abrigavam-se em grutas, tinham o domínio do fogo e sabiam construir instrumentos de pedra lascada. No entanto, são poucas as informações seguras a respeito desses primeiros povoadores do atual Piauí, e há controvérsias entre os estudiosos.

    Sítio Arqueológico de Lagoa Santa

    Em meados do século XIX, o dinamarquês Peter Wilhelm Lund (1801-1880) encontrou, na gruta de Sumidoro, em Lagoa Santa (MG), fósseis de cerca de 30 crianças e adultos pré-históricos. Calcula-se que a idade desses fósseis seja de cerca de 12 mil anos. Outros pesquisadores encontraram mais fósseis (de até 15 mil anos) no local, o mais antigo sítio arqueológico com material ósseo humano do interior brasileiro.

    A análise dos fósseis de Lagoa Santa revela que os indivíduos tinham estatura baixa e cabeça alongada e abrigavam-se nas grutas da região, onde chegaram a fazer pinturas rupestres representando figuras humanas e outros animais.

  • Civilização

    A Grécia Antiga

    A Grécia antiga localizava-se no sudeste da Europa, e em grego era conhecida como Hellas ou Ellada. Consistia de um continente e um arquipélago de ilhas. Ela é o berço da filosofia ocidental, da literatura, da matemática, da história, do teatro, dos Jogos Olímpicos e da democracia.

    O conceito de um universo atômico foi proposto pela primeira vez na Grécia com Demócrito e Leucipo. O processo do método científico atual foi introduzido com Tales de Mileto e seus seguidores. O alfabeto latino também foi herdado da civilização grega, tendo sido introduzido na região pelos fenícios no século VIII a.C. Os primeiros trabalhos em física e engenharia foram iniciados por Arquimedes, na colônia grega de Siracusa.

    Por isso, a Grécia antiga é a base de grande parte da cultura ocidental hoje. Praticamente tudo que se refere a formas de governo, filosofia, ciência, matemática, arte, literatura e esportes teve sua origem na civilização grega. Ela foi uma das maiores civilizações do Mediterrâneo antigo. Em seu auge, sob Alexandre, o Grande, dominou grande parte da Europa e da Ásia Ocidental.

    Períodos da Grécia Antiga

    Os historiadores costumam dividir a história da civilização grega em três grandes períodos:

    1. Período Arcaico (800 a.C. – 500 a.C.)

    Caracteriza-se pela introdução de repúblicas em vez de monarquias. Em cidades como Atenas, houve avanços em direção à democracia. As cidades eram organizadas como pólis (cidades-estado), e foram instituídas as primeiras leis. Também nesse período iniciaram-se os Jogos Olímpicos e foi redigida a Ilíada e a Odisseia, atribuídas a Homero.

    2. Período Clássico (500 a.C. – 323 a.C.)

    É o período mais lembrado quando se fala da Grécia Antiga. Conhecido como a Idade de Ouro de Atenas, marcou o auge do conhecimento humano na filosofia, ciência, arte e política. A cidade era governada por uma democracia, e teve início a construção da Acrópole.

    Grandes eventos marcaram essa fase:

    • Leônidas e os 300 espartanos caíram nas Termópilas (480 a.C.);
    • Temístocles derrotou a frota persa em Salamina;
    • Os persas foram derrotados definitivamente em Plateia.

    Destaca-se também Alexandre, o Grande, educado por Aristóteles. Ele conquistou o Egito, parte da Índia e difundiu a cultura grega por onde passou. O período termina com sua morte, em 323 a.C.

    3. Período Helenístico (323 a.C. – 146 a.C.)

    Vai da morte de Alexandre até a conquista da Grécia pelos romanos. A cultura e o pensamento gregos espalharam-se por diversas regiões e tornaram-se dominantes, especialmente nos territórios dos sucessores de Alexandre.

    Cidadania na Grécia Antiga

    A principal característica da civilização grega é, sem dúvida, a cidadania. O cidadão grego cumpria deveres financeiros, militares e religiosos e, em troca, tinha o privilégio de participar do governo do Estado. Era protegido pelas leis e pelos deuses da cidade – que variavam de acordo com a pólis.

    Os cidadãos se organizavam em torno de um centro urbano, que servia como fortaleza e local de atividades políticas, intelectuais, religiosas e econômicas. Mesmo os cidadãos que viviam em aldeias ao redor da pólis tinham os mesmos direitos e deveres daqueles que residiam no centro urbano.

  • Neolítico

    O Neolítico e Suas Transformações

    A denominação Neolítico refere-se ao período em que a pedra recebeu nova forma de tratamento: antes lascada, passou a ser polida, sendo melhorado o fio de seu corte. Por esse motivo, o Neolítico também é conhecido como Idade da Pedra Polida, enquanto o Paleolítico é chamado de Idade da Pedra Lascada.

    Nesse período, tiveram início novos modos de relacionamento entre os seres humanos e a natureza. Eles passaram a interferir de forma ativa no ambiente, cultivando plantas, domesticando e criando animais. Começaram, assim, a produzir sua própria alimentação.

    As comunidades desse período continuaram praticando a coleta de frutos, a caça e a pesca. Durante muito tempo, fizeram pouco uso da agricultura e da criação de animais como forma de produzir alimentos. Mesmo conhecendo a agricultura e a criação de animais, nem todas as comunidades abandonaram o nomadismo.

    A vida sedentária foi sendo adotada aos poucos, à medida que as atividades agrícolas e pastoris se consolidavam. Esse novo modo de vida, que se caracterizou pelo desenvolvimento da agricultura, da criação de animais e das aldeias sedentárias, ocorreu em diversas regiões do planeta, mas em diferentes épocas. Houve, portanto, núcleos distintos de “neolitização” em várias regiões do mundo. Calcula-se que começou por volta de 8000 a.C. no Oriente Próximo, e em cerca de 2500 a.C. na América Central.

    Produção Agrícola e Criação de Animais

    Os tipos de plantação variavam de uma região para outra, destacando-se espécies vegetais como:

    • Trigo
    • Centeio
    • Cevada
    • Milho
    • Batata
    • Mandioca
    • Arroz

    Os principais animais criados foram carneiros, cabras, bois e porcos. Dominando técnicas agrícolas e pastoris, muitas comunidades puderam produzir mais alimentos do que o necessário ao consumo imediato, passando, assim, a fazer estoques.

    De modo geral, podemos dizer que, ao longo do tempo, essa produção impulsionou o crescimento da população. Mas esse processo não foi imediato. Em certas regiões, o predomínio de cereais na alimentação provocou uma redução no tempo médio de vida devido às carências nutricionais. O sedentarismo e o agrupamento populacional também favoreceram a propagação de epidemias.

    Outras Inovações do Neolítico

    A “neolitização” foi marcada por diversos aperfeiçoamentos técnicos, como:

    • Instrumentos de pedra polida (facas, machados, foices, enxadas, pilões);
    • Desenvolvimento da cerâmica para cozinhar e armazenar alimentos;
    • Tecelagem, utilizando pelos de animais ou fibras vegetais para criar roupas de linho, algodão e lã;
    • Construção de casas mais duráveis com madeira, barro, pedra e folhagem seca.

    Aldeias e Primeiras Cidades

    As primeiras aldeias sedentárias surgiram com comunidades neolíticas que se fixaram em um território e dedicaram-se à agricultura e à criação de animais. Com o crescimento populacional, aumentou a oferta de alimentos e a vida social tornou-se mais complexa.

    A divisão do trabalho se intensificou. Por exemplo, quem dominava a cerâmica trocava seus potes por alimentos e se especializava nessa função. Aos poucos, surgiram funções específicas, como:

    • Tecelão
    • Sacerdote
    • Metalúrgico

    Algumas aldeias evoluíram e passaram a ter:

    • Muralhas protetoras
    • Templos
    • Armazéns de alimentos

    Esse processo deu origem às primeiras cidades. Entre as mais antigas, destacam-se:

    • Jericó (c. 8000 a.C.)
    • Beidha (c. 7000 a.C.)

    Ambas localizavam-se na atual Palestina.

    Metalurgia

    Por volta de 4000 a.C., surgem as primeiras práticas de metalurgia no Oriente Próximo, com destaque para a fundição do cobre. Misturando cobre com estanho, surgiu o bronze, mais resistente, utilizado em espadas, lanças e martelos.

    Mesmo com o avanço dos metais, os instrumentos de pedra ainda continuaram sendo usados por um bom tempo.

    A fusão dos metais permitiu a criação de instrumentos moldáveis e duráveis, como:

    • Panelas
    • Vasos
    • Enxadas
    • Machados
    • Pregos
    • Agulhas
    • Facas
    • Lanças

    O trabalho metalúrgico exigia habilidade, conhecimento e tempo disponível – sinal de uma sociedade cada vez mais complexa e estruturada.


  • Paleolítico

    Periodização da Pré-História

    São muitas as periodizações propostas por diferentes especialistas para o estudo da Pré-História. Uma das mais conhecidas baseia-se nas pesquisas do inglês John Lubbock (1834-1913) e distingue pelo menos dois grandes períodos pré-históricos: o Paleolítico e o Neolítico.

    Paleolítico: a Velha Idade da Pedra

    É denominado Paleolítico o período em que predominaram as sociedades de coletores e caçadores. Os seres humanos viviam da caça, da pesca e da coleta de grãos, frutos e raízes. O termo paleolítico é de origem grega (paleo = velho; lítico = pedra) e significa “velha idade da pedra”.

    Neolítico: a Nova Idade da Pedra

    Durante o período conhecido como Neolítico, desenvolveram-se a agricultura e a criação de animais – as sociedades passaram a produzir seus alimentos. O termo neolítico também é de origem grega (neo = novo; lítico = pedra) e significa “nova idade da pedra”.

    Ferramentas e Evolução Cultural

    O Paleolítico abrange cerca de 99% do tempo de existência das sociedades humanas. Seu início é marcado pelo surgimento dos primeiros hominídeos e estende-se até aproximadamente 8000 a.C.

    Nesse período, seres humanos em diversas regiões do mundo (África, Europa, Oriente Médio, Ásia, América) confeccionaram suas primeiras ferramentas feitas de madeira, ossos, chifres e pedras lascadas.

    Esse processo pode ser dividido em três fases:

    • Uso de materiais encontrados ao redor (como ossos e pedras);
    • Fabricação casual de ferramentas como facas e arpões;
    • Criação de ferramentas com padrões específicos, identificados por arqueólogos como tradições culturais.

    Vida Nômade e Alimentação

    Os seres humanos do Paleolítico ainda não produziam seus alimentos. Eram caçadores-coletores e nômades, pois consumiam o que encontravam na natureza. Quando os recursos se esgotavam, mudavam de região.

    O Fogo e os Primeiros Instrumentos

    O domínio do fogo foi uma das maiores conquistas desse período. Permitiu suportar o frio, cozinhar alimentos e espantar animais. Inicialmente, aproveitavam o fogo causado por fenômenos naturais. Depois, desenvolveram técnicas para produzi-lo manualmente.

    Outras inovações importantes:

    • Construção de abrigos;
    • Produção de roupas com peles de animais;
    • Confecção de instrumentos como lanças, flechas, arpões, lâminas e anzóis.

    Esses instrumentos eram essenciais para cortar, cavar, raspar e caçar, tornando-se um diferencial dos seres humanos em relação aos outros animais.

    Início da Organização Social

    Para garantir a sobrevivência, os caçadores-coletores desenvolveram formas de cooperação e divisão de tarefas. A divisão do trabalho geralmente era feita por sexo: homens caçavam, mulheres colhiam e cuidavam das crianças.

    Os alimentos obtidos eram compartilhados entre os membros do grupo. Não havia acúmulo de excedentes. Esse modo de vida permitia tempo para atividades culturais como festas, danças e brincadeiras, embora conflitos e rivalidades entre grupos também existissem.