Renascimento na Filosofia
Renascimento na Filosofia Moderna
O Renascimento foi um movimento cultural, artístico e intelectual que surgiu na Europa, principalmente na Itália, entre os séculos XIV e XVI. Ele marcou a transição da Idade Média para a Idade Moderna e teve grande influência na Filosofia. Esse período valorizou o conhecimento humano, a razão, a ciência e a liberdade de pensamento, abrindo caminho para a Filosofia Moderna.
O que foi o Renascimento?
O Renascimento resgatou ideias da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma), dando destaque ao ser humano, à natureza e ao conhecimento racional. Foi uma época de grandes transformações, como o surgimento da imprensa, as grandes navegações e o avanço da ciência. Na Filosofia, o Renascimento colocou em xeque a autoridade da Igreja e incentivou a liberdade de pensamento.
Principais características filosóficas do Renascimento
- Antropocentrismo: o ser humano passa a ser o centro das atenções, substituindo o teocentrismo (Deus como centro) da Idade Média.
- Racionalismo: valorização da razão como forma de entender o mundo, superando a fé cega e o dogmatismo.
- Humanismo: defesa da dignidade humana, da liberdade e do conhecimento.
- Crítica à Igreja: questionamento do poder absoluto da Igreja Católica e de suas verdades impostas.
- Valorização da ciência: surgimento do método científico e da observação da natureza.
Transição para a Filosofia Moderna
O Renascimento preparou o terreno para a Filosofia Moderna, que se desenvolveu entre os séculos XVII e XVIII. Os filósofos modernos buscavam romper com o pensamento medieval e criar um novo modelo de conhecimento baseado na razão, na dúvida e na experiência.
Dois grandes marcos da Filosofia Moderna foram:
- O racionalismo: corrente que afirma que a razão é a principal fonte do conhecimento verdadeiro. Exemplo: René Descartes.
- O empirismo: corrente que defende que o conhecimento vem da experiência sensível. Exemplo: John Locke.
Filósofos importantes do Renascimento
- Giovanni Pico della Mirandola: defendia que o ser humano tem liberdade para escolher seu destino, sendo capaz de se elevar pelo conhecimento.
- Erasmo de Rotterdam: criticava os abusos da Igreja e defendia uma fé mais racional e ética.
- Tomás Moro: autor de “Utopia”, imaginou uma sociedade justa, igualitária e baseada na razão.
- Giordano Bruno: defendia o infinito do universo e a liberdade de pensamento. Foi condenado à morte pela Inquisição.
- Maquiavel: político e filósofo italiano, autor de “O Príncipe”. Separou a política da moral religiosa e é considerado o fundador da ciência política moderna.
René Descartes e o nascimento da Filosofia Moderna
René Descartes (1596–1650) é considerado o “pai da Filosofia Moderna”. Ele acreditava que era preciso duvidar de tudo para encontrar verdades seguras. Sua frase mais famosa é: “Penso, logo existo” (em latim, Cogito, ergo sum).
Descartes desenvolveu o método cartesiano, baseado em quatro regras:
- Evidência: aceitar apenas o que é claro e distinto.
- Análise: dividir os problemas em partes menores.
- Síntese: reconstruir o conhecimento passo a passo.
- Enumeração: revisar tudo para garantir a precisão.
Com isso, Descartes criou uma nova forma de fazer filosofia, baseada na razão e no método científico, influenciando toda a Filosofia Moderna.
Importância do Renascimento filosófico no ENEM
No ENEM, é comum aparecerem questões sobre a transição da Idade Média para a Modernidade, o surgimento do pensamento racional e a crítica ao poder religioso. Entender o Renascimento é essencial para compreender o nascimento da ciência moderna e da Filosofia Moderna.
Resumo final
- O Renascimento marcou o início da Filosofia Moderna com foco na razão, na ciência e na liberdade de pensamento.
- Foi um movimento de valorização do ser humano e do conhecimento racional.
- Preparou o caminho para o Racionalismo (Descartes) e o Empirismo (Locke).
- Filósofos renascentistas importantes: Maquiavel, Erasmo, Bruno, Pico della Mirandola.
- O Renascimento filosófico contribuiu para o surgimento do pensamento moderno e crítico.
Compreender o Renascimento na Filosofia Moderna é essencial para entender como o mundo começou a valorizar a razão, a ciência e a autonomia do pensamento humano. Isso foi fundamental para o desenvolvimento das ideias que moldaram a sociedade atual.