Classificações do Relevo Brasileiro
Classificações do Relevo Brasileiro
O relevo brasileiro é muito diversificado e apresenta diferentes formas de terreno, que resultam da ação de processos naturais ao longo do tempo, como a tectônica, o intemperismo e a erosão. Para facilitar o estudo e o entendimento do relevo do Brasil, ele é classificado em grandes unidades, que agrupam áreas com características semelhantes em relação à altitude, tipo de terreno e processos de formação.
1. Planaltos
Os planaltos são áreas elevadas, geralmente acima de 200 metros de altitude, com superfícies mais ou menos planas ou suavemente onduladas. Eles costumam apresentar formas arredondadas devido à erosão e são muito comuns no território brasileiro. O relevo desses planaltos é marcado por chapadas, serras e morros.
Exemplos: Planalto Central, Planalto da Borborema, Planalto da Amazônia.
2. Planícies
As planícies são áreas relativamente planas, geralmente situadas em altitudes baixas, próximas ao nível do mar ou dos grandes rios. Elas se formam por deposição de sedimentos trazidos pelas águas dos rios, mares ou lagos. As planícies são importantes para a agricultura, pois possuem solos férteis e são áreas propícias para o cultivo.
Exemplos: Planície Amazônica, Planície do Pantanal, Planície do Rio Amazonas.
3. Depressões
As depressões são áreas rebaixadas em relação às regiões ao redor. Elas podem ser de dois tipos: absolutas, quando estão abaixo do nível do mar, ou relativas, quando estão abaixo das áreas elevadas próximas, mas ainda acima do nível do mar. As depressões podem apresentar relevo plano ou suavemente ondulado e são áreas importantes para a concentração de rios e lagos.
Exemplos: Depressão Sertaneja, Depressão Cuiabana.
4. Serras e Montanhas
As serras são elevações mais irregulares e acidentadas que os planaltos, apresentando picos e escarpas. As montanhas são formas de relevo ainda mais elevadas, com altitudes que podem ultrapassar os 1.000 metros. No Brasil, o relevo montanhoso não é muito expressivo em termos de altura, mas as serras são comuns nas regiões Sudeste e Sul.
Exemplos: Serra do Mar, Serra da Mantiqueira.
Processos que influenciam a formação do relevo brasileiro
O relevo do Brasil é resultado da ação de diversos processos geológicos e naturais:
- Tectonismo: Movimento das placas tectônicas que pode causar elevações ou afundamentos.
- Erosão: Desgaste do solo e das rochas pela ação do vento, da água e de agentes biológicos.
- Intemperismo: Quebra e transformação das rochas devido a processos químicos e físicos.
- Deposição: Acúmulo de sedimentos trazidos por rios e mares, formando planícies e várzeas.
Divisão do relevo brasileiro segundo a geomorfologia
Os geógrafos dividem o relevo brasileiro em grandes unidades geomorfológicas, que facilitam o entendimento das diferentes formas de relevo no país. São elas:
- Escudos cristalinos: Áreas muito antigas, formadas por rochas metamórficas e ígneas, geralmente com relevo de planaltos e serras. Exemplo: Escudo Brasileiro.
- Bacias sedimentares: Regiões com depósitos de sedimentos, onde predominam planícies e depressões. Exemplo: Bacia Amazônica, Bacia do Paraná.
- Dobramentos modernos: Áreas com relevos mais jovens, formadas por processos tectônicos recentes, como serras e cadeias montanhosas. Exemplo: Serra do Mar.
Importância da classificação do relevo
Entender as classificações do relevo brasileiro é fundamental para diversas áreas, como a agricultura, a construção civil, o planejamento urbano e o meio ambiente. Cada tipo de relevo apresenta características próprias que influenciam o uso do solo, a conservação da natureza e a vida das populações que vivem nessas regiões.
Além disso, a diversidade do relevo contribui para a variedade de climas, vegetações e paisagens encontradas no Brasil, tornando o país rico em belezas naturais e recursos naturais.
Resumo
O relevo brasileiro é composto principalmente por planaltos, planícies, depressões, serras e montanhas, cada um com suas características específicas. Essas formas são resultado de processos naturais como o tectonismo, erosão e intemperismo. A divisão geomorfológica ajuda a organizar o estudo do relevo, destacando as regiões de escudos cristalinos, bacias sedimentares e dobramentos modernos. Conhecer essas classificações é essencial para o planejamento ambiental, econômico e social do país.