Cronologia Egípcia
Cronologia do Egito Antigo
A cronologia do Egito Antigo abrange cerca de três milênios, entre aproximadamente 3100 a.C. e 30 a.C., e é dividida em períodos históricos que refletem as mudanças políticas, sociais e culturais dessa antiga civilização. A seguir, detalhamos os principais períodos:
Período Pré-Dinástico (antes de 3100 a.C.)
Antes da unificação do Egito, o território era dividido entre o Alto Egito (região do sul) e o Baixo Egito (região do delta do Nilo, norte). Neste período, as primeiras aldeias se formaram, desenvolvendo práticas agrícolas e os primeiros sistemas de escrita.
Período Arcaico ou Dinástico Inicial (c. 3100–2686 a.C.)
Marca a unificação do Alto e Baixo Egito pelo faraó Narmer (também chamado Menés), que estabeleceu a primeira dinastia faraônica. Este período é caracterizado pela consolidação do poder real, desenvolvimento da escrita hieroglífica e início da construção dos primeiros templos e tumbas.
Antigo Império (2686–2181 a.C.)
Conhecido como a “Era das Pirâmides”, este período destaca-se pela centralização política e econômica em torno do faraó, que era visto como divindade viva. Durante o Antigo Império, foram construídas as grandes pirâmides de Gizé, incluindo a de Quéops, considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. A administração estatal se estruturou, e a religião egípcia começou a se consolidar.
Primeiro Período Intermediário (2181–2055 a.C.)
Caracterizado por instabilidade política, fragmentação do poder e crises econômicas, com o enfraquecimento da autoridade faraônica e disputas regionais. Este período é marcado por uma descentralização do Estado e rivalidades entre nomarcas (governadores locais).
Médio Império (2055–1650 a.C.)
O poder central foi restaurado com a dinastia XI, estabelecida em Tebas. Houve estabilidade política, avanços na literatura, artes e arquitetura, além da expansão do comércio. O Médio Império é considerado uma era de renovação cultural e administrativa.
Segundo Período Intermediário (1650–1550 a.C.)
Mais uma vez, o Egito enfrentou fragmentação e invasões, principalmente dos hicsos, povos estrangeiros que dominaram o delta do Nilo. Esse período representa a perda temporária do controle político e militar do Egito central.
Novo Império (1550–1070 a.C.)
Período de maior esplendor e poder do Egito Antigo. Após expulsar os hicsos, os faraós das dinastias XVIII, XIX e XX consolidaram um império territorial que se estendia até a Núbia e partes do Levante. Faraós famosos como Hatshepsut, Tutmés III, Amenófis IV (Akhenaton), Tutancâmon e Ramsés II governaram nessa época. O Novo Império é conhecido por seus grandiosos templos, como Karnak e Luxor, e pela expansão do comércio e diplomacia internacional.
Período Tardio (664–332 a.C.)
Caracterizado pelo declínio político e sucessivas invasões estrangeiras, incluindo persas e finalmente os gregos. A independência do Egito foi enfraquecida, culminando com a conquista por Alexandre, o Grande, em 332 a.C., que encerrou a era faraônica e deu início ao período helenístico.
Período Greco-Romano (332 a.C.–395 d.C.)
Com a chegada de Alexandre, o Egito passou a ser governado pela dinastia ptolemaica, originária da Macedônia, que mesclou elementos gregos e egípcios. O período termina com a conquista romana e a transformação do Egito em uma província do Império Romano.