Egito
Resumo sobre o Egito Antigo
O Egito Antigo é uma das civilizações mais antigas e influentes da história mundial, com uma cronologia que abrange aproximadamente três mil anos, entre 3100 a.C. e 30 a.C. Sua história é dividida em vários períodos, sendo os principais: Período Arcaico (ou Dinástico Inicial), Antigo Império, Médio Império, Novo Império e Período Tardio. Cada fase apresenta características políticas, sociais e culturais próprias, que refletem o desenvolvimento e os desafios enfrentados pela civilização egípcia ao longo do tempo.
Cronologia
- Período Arcaico (3100–2686 a.C.): Unificação do Alto e Baixo Egito pelo primeiro faraó, Narmer, dando início à dinastia faraônica.
- Antigo Império (2686–2181 a.C.): Era das grandes construções, incluindo as primeiras pirâmides, como a de Quéops. O faraó era considerado um deus vivo e tinha poder absoluto.
- Médio Império (2055–1650 a.C.): Reconsolidação do poder central após um período de instabilidade, com avanços na administração e cultura.
- Novo Império (1550–1070 a.C.): Período de expansão territorial, riqueza e poder militar, com faraós famosos como Ramsés II e Tutancâmon.
- Período Tardio (664–332 a.C.): Período de declínio e invasões estrangeiras, incluindo persas e gregos, até a conquista de Alexandre, o Grande.
Divisão Social
A sociedade egípcia era estratificada em uma rígida hierarquia social, essencial para a organização do Estado e para o funcionamento das atividades econômicas e religiosas:
- Faraó: Figura suprema, considerado deus na Terra, dono de todo o território e responsável pela ordem cósmica e social.
- Sacerdotes e Nobres: Administradores dos templos e propriedades, detentores de poder político e religioso.
- Escribas e Funcionários: Responsáveis pela escrita e pela burocracia, essenciais para o controle do Estado e das riquezas.
- Artesãos, Comerciantes e Camponeses: Produziam bens, praticavam o comércio e cultivavam a terra, sustentando a economia.
- Escravos e Servos: Realizavam trabalhos pesados e manuais, muitas vezes presos de guerra ou pessoas endividadas.
Religião
A religião egípcia era politeísta e permeava todos os aspectos da vida social e política. Os egípcios acreditavam na existência de muitos deuses ligados aos elementos da natureza e à vida após a morte. Entre os principais deuses destacam-se:
- Rá: Deus do Sol, símbolo da criação e da renovação.
- Osíris: Deus do submundo e da ressurreição, responsável pelo julgamento das almas.
- Ísis: Deusa da fertilidade, magia e protetora dos faraós.
A crença na vida após a morte motivou práticas como a mumificação e a construção de túmulos monumentais, como as pirâmides, que deveriam garantir a imortalidade do faraó e de nobres. A religião também sustentava a ideia da Ma’at, a ordem cósmica e social, que o faraó deveria preservar.
Arte
A arte egípcia tinha função principalmente religiosa e política, buscando eternizar a imagem dos faraós e deuses, além de garantir a continuidade da ordem social. Características marcantes da arte egípcia incluem:
- Hieróglifos: Sistema de escrita que combinava símbolos ideográficos e fonéticos, usado em templos, tumbas e documentos oficiais.
- Esculturas e Pinturas: Seguiam regras rígidas de proporção e simetria, com representações estilizadas e simbólicas das figuras humanas e divinas.
- Arquitetura Monumental: Construções como pirâmides, templos e obeliscos, que demonstravam o poder e a religiosidade do Estado.
- Objetos Funerários: Máscaras, sarcófagos e amuletos que acompanhavam os mortos para protegê-los no além.
Essa arte foi fundamental para a identidade cultural egípcia e influenciou diversas civilizações posteriores.