Gregos – Período Helenístico
Gregos – Período Helenístico
O Período Helenístico da história grega teve início após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., e durou até a conquista da Grécia pelos romanos, por volta de 30 a.C. Esse período é marcado por uma grande expansão da cultura grega para outros povos e regiões, especialmente o Oriente Médio, o norte da África e partes da Ásia.
O que é o Helenismo?
O termo helenismo vem de “Hélade”, que significa Grécia. Esse conceito define a fusão entre a cultura grega clássica e as culturas orientais, como a egípcia, persa e mesopotâmica. Essa mistura resultou em uma civilização multicultural, com destaque para a filosofia, ciência, arte e religião.
A Conquista de Alexandre, o Grande
Alexandre da Macedônia, filho de Filipe II, foi um dos maiores conquistadores da Antiguidade. Em poucos anos, criou um enorme império que se estendia da Grécia até a Índia. Por onde passava, fundava cidades (como Alexandria, no Egito) e difundia os costumes gregos.
Após sua morte, o império foi dividido entre seus generais, dando origem a três reinos principais:
- Egito – comandado por Ptolomeu;
- Ásia – comandada por Selêuco (Império Selêucida);
- Macedônia e Grécia – comandadas por Antígono.
Características do Período Helenístico
Uma das principais características desse período foi o sincretismo cultural, ou seja, a união de elementos gregos com tradições locais. Isso pode ser observado na religião, na arquitetura, na filosofia e no modo de vida das pessoas.
Alguns pontos importantes:
- Valorização do cosmopolitismo (cidadania universal);
- Desenvolvimento de cidades-Estado independentes, mas com traços gregos;
- Crescimento de bibliotecas e centros culturais (como a Biblioteca de Alexandria);
- Forte presença da língua grega como idioma comum (koiné);
- Desenvolvimento das ciências e artes com influências orientais.
Ciência e Filosofia
No Período Helenístico, houve grande avanço científico e filosófico. As cidades tornaram-se centros de estudo e pesquisa. Destacam-se:
- Euclides – pai da geometria;
- Aristarco – propôs a teoria heliocêntrica (o Sol no centro do universo);
- Hiparco – importantes contribuições para a astronomia;
- Arquimedes – desenvolveu máquinas e estudou o princípio da alavanca;
- Epicuro e Zenão de Cítio – fundadores das escolas filosóficas do Epicurismo e Estoicismo.
Religião e Arte
A religião do período helenístico misturava os deuses gregos com divindades orientais. Surgiram novos cultos religiosos, como o culto a Serápis, que combinava elementos egípcios e gregos.
Na arte, houve maior expressão de sentimentos, movimento e realismo nas esculturas e pinturas. A arquitetura tornou-se mais grandiosa e decorativa, evidenciando o poder dos reis helenísticos.
Fim do Período Helenístico
Com o tempo, os reinos helenísticos enfraqueceram por disputas internas e guerras. Aproveitando-se disso, Roma começou a expandir seu poder sobre essas regiões. O marco final do Período Helenístico foi a conquista do Egito pelos romanos, em 30 a.C., após a morte de Cleópatra.
Conclusão
O Período Helenístico foi fundamental para a expansão da cultura grega e para a mistura de diferentes tradições do mundo antigo. A filosofia, a ciência, a arte e os costumes gregos chegaram a diversas regiões e continuaram a influenciar civilizações posteriores, como o Império Romano. Esse legado ainda está presente em muitas áreas do conhecimento e da cultura ocidental.