A Idade Contemporânea determina um período da história que vai desde 1789 até os dias atuais. Lembre-se que o termo “contemporâneo” está associado ao tempo atual, ao presente.
Assim, a idade contemporânea tem início no século XVIII, onde a Revolução Francesa foi o marco que definiu o começo dessa “era”, a era contemporânea.
Desde então, o mundo passou por profundas transformações sociais, culturais, políticas e econômicas.
Muitos historiadores discutem o fim dessa era, no entanto, ainda fazemos parte da Idade Contemporânea ou como muitos preferem, da Pós-Modernidade.
Diversos acontecimentos posteriores à Revolução Francesa, que estava fundamentada no lema “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, foram essenciais para mudar a visão de mundo.
Por isso, influenciaram diretamente no desenvolvimento da história em diversas partes do planeta: a independência das colônias da América Espanhola e Portuguesa.
Divisões da História
Para compreender melhor as épocas históricas pelas quais a humanidade passou desde seu surgimento, segue abaixo um quadro explicativo.
Acontecimentos Importantes na Idade Contemporânea
No Mundo
Revolução Francesa (1789) e o Iluminismo
Era Napoleônica e o domínio francês na Europa
Rebeliões liberais, nacionalismo e unificação de países da Europa (Itália e Alemanha)
Neocolonialismo imperialista na África, Ásia e Oceania
Expansão e desenvolvimento dos Estados Unidos e Guerra de Secessão (1861-1865)
Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX)
Independência das colônias da América Espanhola e do Haiti (século XIX)
Movimentos vanguardistas na arte: cubismo, dadaísmo, surrealismo, futurismo, expressionismo
Crise de 1929: quebra da bolsa de valores de Nova York
Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
Revolução Russa (1917)
Crise do capitalismo e surgimento dos regimes totalitários: nazismo, fascismo, stalinismo, franquismo, salazarismo
Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
Criação da Organização das Nações Unidas – ONU (1945)
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)
Guerra Fria (1945-1991)
Guerras da Coreia (1950-1953) e do Vietnã (1964-1975)
Corrida Espacial e Corrida Armamentista
Desenvolvimento e consolidação do Capitalismo
Queda do Muro de Berlim (1989) e reunificação da Alemanha
Expansão da Globalização, Imperialismo, Terrorismo e Neoliberalismo
A Idade Moderna é o momento da história do século XV até XVIII e que está localizado temporalmente entre a Idade Média e a Idade Contemporânea.
Podemos afirmar seguramente que esse período foi considerado de intensas mudanças.
Caracterizou-se por uma fase de grandes transformações, revoluções e mudanças na mentalidade ocidental, mudanças essas de ordem econômica, científica, social e religiosa, que balizaram o sistema capitalista.
As divergências conceituais quanto à origem e evolução daquele sistema (o capitalista), os historiadores apontam a conquista turca de Constantinopla ou a viagem de Vasco da Gama às Índias. Ou ainda, a viagem de Cristóvão Colombo às Américas como o marco dessa era.
De outra forma, poucos contestam o final desse período como sendo o dia 14 de julho de 1789, com o advento da Revolução Francesa.
De todo modo, a Idade Moderna representa a época quando se encurtaram as distâncias, após os europeus se lançarem por mares nunca antes navegados, explorando e desvendando a natureza.
Principais acontecimentos da Idade Moderna
As Primeiras Grandes Navegações
O Renascimento
A Reforma Religiosa
O Absolutismo
O Iluminismo
Revolução Francesa
Economia na Idade Moderna
Após o desenvolvimento comercial a partir do século XV, o aumento da população, o crescimento das cidades e o desenvolvimento das manufaturas, foi natural a superação da Idade Média.
Assim, foi se estruturando um sistema comercial que está no cerne do Capitalismo: o Mercantilismo.
Todas as colônias no ultramar possuíam o “exclusivo comercial”, um rígido sistema de monopólio estruturado principalmente pela obrigatoriedade das rotas comerciais passarem pela metrópole.
Essa expansão marítima irá, de fato, restabelecer os alicerces econômicos da Europa.
A rigor, os mecanismos econômicos mais usuais foram:
Metalismo – a avaliação da riqueza de um reino baseada na quantidade de metais preciosos que este detinha;
Pactos Coloniais – determinavam as relações entre a metrópole e a colônia;
Monopólios Comerciais – o rei definia os seus privilegiados e suas áreas;
Política de Balanças Comerciais Favoráveis – era preciso exportar mais do que importar.
Política na Idade Moderna
Em termos políticos, devemos ressaltar que o Absolutismo era a forma de governo estabelecida. Nele, as palavras do rei valiam enquanto lei e sua vontade e desejo eram uma ordem.
Essa forma de dominação era fundamentada pelas teorias de “predestinação divina”, que apontavam o rei como eleito de Deus, e também por textos laicos, como o de Nicolau Maquiavel, autor de “O Príncipe”.
Nessa obra, ele demonstra formas de governo aos príncipes para que eles pudessem manter-se soberanos nos seus respectivos reinos.
Vale lembrar que, em aproximadamente quatro séculos, os monarcas europeus observaram seu poder ruir por meio de várias revoluções liberais, até que a Revolução Francesa inicia o processo que derrubará definitivamente o Antigo Regime.
Sociedade na Idade Moderna
No tocante à sociedade, esse foi um período caracterizado por significativas transformações e avanços tecnológicos que possibilitaram a globalização iniciada na Idade Moderna.
Podemos citar as Grandes Navegações, que possibilitaram, graças a descobertas e avanços já referidos — como o aperfeiçoamento do astrolábio, da bússola, de barcos mais resistentes para viagens marítimas e, mais adiante, do advento das máquinas a vapor.
Essas transformações possibilitaram um intenso acúmulo de capitais que permitiram ao continente europeu lançar-se na frente pela conquista.
Vale citar ainda que o século XVIII também ficou marcado como sendo o ápice do espírito investigativo dos cientistas e filósofos iluministas, os quais, para além de inventar diversas máquinas, criaram muitas teorias sociais e científicas.
Além do Iluminismo, a Reforma Religiosa, liderada por Martinho Lutero, também fora uma grande revolução social, dando um duro golpe contra a Igreja Católica, a qual reagiu com a Contrarreforma — um movimento para debelar o progresso da reforma religiosa.
Destarte, temos que destacar que os movimentos sociais como o Renascimento comercial e artístico, o Iluminismo e a Reforma Protestante mudaram o imaginário social daquele período e suas transformações são sentidas até os dias de hoje.
A Idade Média foi um longo período da história que se estendeu do século V ao século XV. Seu início foi marcado pela queda do Império Romano do Ocidente, em 476, e o fim, pela tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453.
Os humanistas do século XV e XVI chamavam a Idade Média de Idade das Trevas. Afirmavam que havia ocorrido na Europa um retrocesso artístico, intelectual, filosófico e institucional em relação à produção da Antiguidade Clássica.
Castelo Medieval em Carcassonne, França
Características da Idade Média
O período medieval foi dividido em duas partes: a Alta Idade Média e a Baixa Idade Média. Veja abaixo as principais características de cada período:
Alta Idade Média
A Alta Idade Média foi um período de instabilidade e insegurança generalizada, que se estendeu do século V ao século IX. Nesse período destacam-se:
Os Reinos Germânicos – os germânicos eram povos arianos estabelecidos ao longo das fronteiras do Império Romano. Os romanos os chamavam de “bárbaros”, por serem estrangeiros e não falarem o latim. Os germanos formaram vários Reinos Germânicos dentro do território romano;
O Reino Cristão dos Francos – o reino dos francos constituiu o reino mais poderoso da Europa Ocidental;
A Igreja e o Sacro Império – a Igreja Medieval teve importante papel na sociedade. Foi nessa época que começou a organizar-se, com o objetivo de zelar pela homogeneidade dos princípios da religião cristã e promover a conversão dos pagãos;
O Sistema Feudal – o feudalismo começou a se formar no século V, na Europa Ocidental, com a crise do Império Romano;
O Império Bizantino – estabelecido em Constantinopla, o Império Bizantino sobreviveu às invasões bárbaras e perdurou por todo o período medieval;
Os Árabes e o Islamismo – no Oriente Médio, na península arábica, nasceu em 630 o Islão, como resultado das Guerras Santas empreendidas por Maomé. Aos poucos, o Islamismo se expandiu por um extenso território, conquistando terras da Ásia, África e Europa.
Baixa Idade Média
A Baixa Idade Média é o período que vai do século X ao século XV. Destacam-se nessa época:
Crise do feudalismo;
As cruzadas e a expansão das sociedades cristãs;
O ressurgimento urbano na Europa;
O renascimento comercial europeu;
A formação das monarquias nacionais europeias;
A cultura medieval.
Durante a Baixa Idade Média, com a expansão dos turcos-otomanos no século XIV, tomando os Bálcãs e a Ásia Menor, o Império Bizantino acabou reduzido à cidade de Constantinopla.
Saiba mais sobre a Queda de Constantinopla.
A queda em 1453 foi um fato histórico que marcou o fim da Idade Média na Europa. A conquista da capital bizantina pelo Império Otomano, sob o comando do sultão Maomé II, marcou o fim do Império Romano no Ocidente.
A Idade Antiga é um período da história iniciado quando o ser humano desenvolveu a primeira forma de escrita na Suméria, por volta de 3500 a.C. Esse tempo faz parte de uma periodização, desenvolvida por historiadores modernos, que estabeleceu o seu fim em 476 d.C., quando o Império Romano do Ocidente teve fim.
Entendendo a Idade Antiga
Por Idade Antiga entende-se o período da história humana que se deu com o surgimento da primeira forma de escrita até a desagregação do Império Romano do Ocidente. Esses marcos foram estipulados pelos historiadores e devem ser entendidos como momentos de referência que levaram a transformações no longo prazo e não de imediato.
O desenvolvimento da escrita cuneiforme é o marco utilizado pelos historiadores para delimitar o início da Idade Antiga.
O primeiro acontecimento de referência aconteceu por volta de 3500 a.C. e deu-se na Suméria com a invenção da escrita cuneiforme. O período histórico anterior à Idade Antiga é a Pré-História, e o desenvolvimento da escrita é o marco utilizado para estipular o seu fim. A Idade Antiga durou até 476 d.C., quando o último imperador romano foi destronado.
É bom lembrar que essa periodização não pode ser vista de maneira engessada porque é constituída apenas por balizas usadas para finalidades didáticas. Assim, o desenvolvimento da escrita pelos sumérios não significou que toda a humanidade aprendeu a escrever, apenas delimitou um momento em que o estilo de vida de alguns grupos humanos começou a tornar-se mais sofisticado.
Quando falamos de história antiga, estamos falando, por essência, de um período que teve grande foco nas civilizações orientais e nas civilizações clássicas. Entre as civilizações orientais de destaque, estão os egípcios, os povos mesopotâmicos, os hebreus, os fenícios, os persas etc. No caso das civilizações clássicas, estamos falando dos gregos e dos romanos.
Os romanos foram uma das grandes civilizações clássicas que existiram na
Antiguidade.
A Antiguidade, portanto, é o período das grandes civilizações, e os historiadores dedicam-se arduamente ao estudo delas, porque sabemos que reconstituir o modo de vida de povos que viveram milhares de anos atrás é algo extremamente complexo.
Fora das civilizações do Oriente Médio e da Europa, os pesquisadores também consideram o estudo de algumas civilizações asiáticas, como a China. No caso da América, muitos ainda consideram que as civilizações pré-colombianas também se encaixavam dentro do modo de vida dos povos da Antiguidade.
Quando falamos de Antiguidade, dedicamo-nos a entender os modos de vida de diferentes civilizações, o que inclui as origens de cada grande civilização, os seus modos de vida, os avanços realizados por elas. Além disso, dedicamo-nos ao estudo das religiões desses povos, seus mitos de origens, suas leis, sua economia etc.
Esse foi o período em que as grandes cidades surgiram, mas também foi um momento de conflitos e guerras de expansão. Vamos, a seguir, conhecer um pouco de algumas das civilizações que existiram nessa parte da história.
Egito Antigo
O Egito Antigo foi uma civilização que se desenvolveu no nordeste da África, na região do Egito moderno. O desenvolvimento dessa civilização estava diretamente ligado com a existência do rio Nilo, que garantia terras férteis e possibilitava o aprimoramento humano naquela região.
Considera-se que a história do Egito Antigo iniciou-se quando aconteceu a unificação dos nomos, pequenas comunidades que existiam ao redor do Nilo.
Em, aproximadamente, 3500 a.C., os nomos formaram dois reinos chamados Baixo Egito e Alto Egito, e, em 3200 a.C., esses reinos foram unificados por Menés, o primeiro faraó da história egípcia. O Egito tinha sociedade estratificada, era uma monarquia teocrática, e ficou marcado na história pela sua prática funerária de mumificar os seus mortos e por ter realizado grandes construções, como as pirâmides. Caso queira saber mais sobre essa civilização tão curiosa, leia: Egito Antigo.
Mesopotâmia
A Mesopotâmia é nomeada por muitos como o berço da civilização, uma vez que parte das primeiras cidades formadas pelo homem surgiu lá. As civilizações mesopotâmicas desenvolveram-se entre os rios Tigre e Eufrates, e, por isso, ficaram conhecidas como “terra entre rios”. A Mesopotâmia foi habitada por uma série de povos, como os sumérios, os assírios, os babilônicos, os caldeus, entre outros.
A primeira forma de escrita desenvolvida pela humanidade foi criada na Mesopotâmia. A escrita cuneiforme, como ficou conhecida, era realizada em blocos de argila e foi pensada pelos sumérios. Os babilônicos também se destacaram por fazerem um código penal que ficou muito conhecido: o Código de Hamurábi.
Grécia Antiga
Os gregos, juntamente aos romanos, fizeram parte das grandes civilizações clássicas. Eles ficaram famosos por realizar grandes contribuições para a humanidade em diferentes áreas do conhecimento, como filosofia, matemática e história. O povo grego foi resultado da junção de diferentes povos: eólios, jônios e dórios.
Os gregos ficaram muito conhecidos por possuírem um modelo de cidade conhecido como pólis, sendo que as duas principais cidades foram Atenas e Esparta, ambas detentoras de muitas terras, sendo Atenas, na Ática, e Esparta, na Lacônia e Messênia. Seus modelos eram opostos, sendo Atenas uma cidade com o modelo democrático, e Esparta, com o modelo aristocrático.
A história grega é vasta e rica, sendo dividida em cinco períodos pelos historiadores como forma de organização do desenvolvimento desse povo ao longo do tempo. Os gregos eram ótimos navegadores e envolveram-se em muitos dos capítulos mais importantes da Antiguidade, como as Guerras Médicas e a Guerra do Peloponeso.
Roma Antiga
Símbolo da civilização romana. A sigla significa Senatus Populesque Romanus, termo
em latim que é traduzido como “O Senado e o Povo Romano”.
Roma formou a civilização com o maior império, territorialmente falando, de toda a Antiguidade. A civilização romana surgiu como uma pequena cidade no Lácio, região central da Itália moderna. Ao longo do tempo, os romanos foram expandindo seus territórios e formaram uma civilização extremamente complexa e sofisticada.
A história romana foi dividida nos períodos monárquico, republicano e imperial, e foi no período republicano que os romanos iniciaram a expansão de suas fronteiras.
Roma possuía uma sociedade bem dividida, sendo que plebeus e patrícios eram os principais atores sociais. A luta dos plebeus por direitos e melhores condições de vida atravessou toda a história romana.
A crise de Roma em sua fase imperial foi entendida pelos historiadores como o marco que levou a humanidade (no continente europeu) para o período da Idade Média. Os problemas do Império Romano iniciaram-se no século III com uma grave crise econômica que o afetou fortemente.
O golpe de misericórdia no Império Romano do Ocidente foram as invasões dos povos germânicos, que vinham do norte da Europa e procuravam estabelecer-se nas terras romanas. Quando o último imperador romano foi destronado, em 476, a Idade Antiga, cronologicamente, foi encerrada.
Outras Civilizações
Estelas feitas pelos hititas, civilização que se desenvolveu na região da Anatólia, atual Turquia.
Essas quatro foram as principais civilizações da Antiguidade, mas o estudo desse período não se resume a elas, porque uma infinidade de outras civilizações existiram nele. Algumas delas foram os:
Persas
Fenícios
Hititas
Minoicos
Micênicos
Celtas
Hebreus
Cartagineses
Se levarmos em consideração a América e a opinião de alguns historiadores que entendem as civilizações pré-colombianas como povos com modo de vida antigos, então podemos incluir os:
De acordo com a visão clássica e tradicional, a divisão da história da humanidade é feita em quatro grandes períodos, também chamados de “Idades”. São eles:
Idade Antiga
Idade Média
Idade Moderna
Idade Contemporânea
Divisões da História
Divisões da História
Pré-História
Todo o período que existiu antes da invenção da escrita é denominado Pré-história. Assim, a Pré-história corresponderia a um período da humanidade que abrange milhões de anos.
Nesse momento, o homem aprendeu a viver em comunidade, a utilizar o fogo, a domesticar animais e a produzir alimento, dando a origem à agricultura.
Na pré-história, o homem criou a linguagem como meio de comunicação e inventou a escrita. Além disso, criou a pintura, a cerâmica e as primeiras organizações sociais e políticas.
A Pré-história está dividida em três períodos:
Paleolítico: também chamado de “Idade da Pedra Lascada”, tem início há aproximadamente 4,4 milhões de anos e se estende até 8000 a.C.
Neolítico: também chamado de “Idade da Pedra Polida”, esse período vai de aproximadamente 8000 a.C. a 5000 a.C.
Idade dos Metais: período que se estende de 5000 a.C. até o surgimento da escrita pelos sumérios, em 4000 a.C..
Tudo o que sabemos sobre a Pré-história devemos aos fósseis e objetos encontrados nas escavações paleontológicas, que ocorreram principalmente a partir do final do século XIX, estendendo-se até os dias atuais, frequentemente apresentando novas descobertas.